Ataque a dispositivos móveis também cresceu: 38% dos usuários sofreram ameaças.
Foto: Kleber Gonçalves
Houve um crescimento de 50% na quantidade de variantes dentro de famílias de vírus em comparação a 2012.
São Paulo. Em 2013, houve um aumento de 62% no número de violações de dados em relação ao ano anterior. É o que revela relatório da empresa de segurança digital Symantec.
Segundo o especialista na temática André Carraretto, há um movimento de especialização dos tipos de malware que são criados por hackers. "Vemos que há menos famílias novas de vírus, mas mais variantes dentro dessas famílias. O vírus fica mais completo e especializado, mas não é um vírus novo". De acordo com Carraretto, no ano passado, houve um crescimento de 50% na quantidade de variantes dentro de famílias de vírus em comparação a 2012.
Smartphones e tablets: O ataque a dispositivos móveis também cresceu em comparação a 2012. Segundo o relatório, 38% dos usuários sofreram ameaças por softwares maliciosos. De acordo com os dados, 33% de todos os malwares móveis rastreiam os usuários e 20% coletam dados dos aparelhos infectados. O foco dos ataques em dispositivos móveis é voltado, em sua maioria, ao sistema operacional Android. Segundo Carraretto, a maior quantidade de lojas de aplicativos disponíveis e de pessoas utilizando o sistema é o que atrai o interesse dos hackers. O relatório da Symantec revela que 90% dos usuários deletam e-mails suspeitos quando estão no computador pessoal. Já quando a mensagem é aberta no celular, apenas 50% deleta o e-mail. Além disso, no PC, 70% dos entrevistados usam antivírus. Já no smartphone, só 35% se protegem com aplicativo contra ameaças. "As pessoas precisam criar esse tipo de conscientização. É preciso se proteger e saber o quão arriscado é não ter cuidado com proteção".
Internet das Coisas: A maior quantidade de dispositivos conectados também diversificou os tipos de ataques maliciosos realizados em 2013. A internet das coisas foi um dos pontos visados por hackers.
Segundo o relatório da Symantec, há registros de ameaças a babás eletrônicas, câmeras de segurança e roteadores em 2013. "Um dispositivo de injeção de insulina automático que seja conectado à rede pode ser hackeado e invadido", explica Carraretto. De acordo com o especialista, o mercado ainda é muito novo e as soluções de segurança para os dispositivos ainda estão em processo de criação. "O ideal é que a pessoa mantenha os dispositivos sempre atualizados, tenha uma senha forte e que seja trocada a cada 60 ou 90 dias, e ainda um firewall". Além disso, usar antivírus em dispositivos com essa possibilidade auxilia para que o usuário não infecte sua própria rede com ameaças.
O relatório também mostra uma importante mudança no comportamento dos cibercriminosos. Os vilões atuais preferem trabalham durante meses antes de realizar assaltos enormes pela web ao invés de executar golpes rápidos com recompensas menores. "Uma violação enorme pode valer o equivalente a 50 ataques menores. Por isso, eles ficaram mais pacientes e esperam para agir", diz Carraretto.
quarta-feira, 9 de abril de 2014
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